Diário da Tour - Dia 2: Valparaíso, sinalização maluca e tokata na garagem dos trens

Bruno Gozzi
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Dia 2

Rumo a Valparaíso deu pra notar que as estradas aqui são um tapete! Já a sinalização, nem tanto... Em curvas perigosas, nada de placa - só um pisca-pisca estranho. Funciona? Talvez...

Chegando na cidade, era quase impossível encontrar o local do show... passamos umas 3 vezes por baixo de um viaduto e até chegamos a entrar em uma espécie de evento aleatório que estava acontecendo por lá... sempre um stress. Por fim conseguimos falar com o organizador que nos encontrou na rua. Por fim, o acesso era apenas por uma ciclovia!!!! Resultado: dois quarteirões dirigindo pela calçada (sim, isso mesmo) até chegar.

Aliás, incrível como a curiosidade do pessoal que tava por lá era peculiar: Nossa pronúncia de xingamentos chilenos. Passamos do básico até os “na medida” pra lidar com f#cistas.


Um chileno contou uma história linda: na infância, a mãe lia gibis do Cebolinha (!!??) pra ele — foi assim que aprendeu português.

O espaço era uma “garagem de trens” ocupada, cenário digno de Walking Dead. Muito senso de comunidade, tudo na cooperação, tudo funcionando.

Tinha também uma figura, o “estraga roda”. Na plateia, impossível de ignorar... quase um hooligan com o penteado do Capitão Planeta. No meio das pogadas, que acabou por se arremessar na lateral da sala e abriu um vão no local. Cena.


A surpresa final foi uma banda com pegada punk/crust/experimental mandou uma “Wave of Mutilation” devastadora — performance impecável e improvável.

Encerramos a noite... entramos no carro de volta pra Santiago!

Bruno Gozzi